Uma parte muito interessante do desenvolvimento de um carro novo é definir sua personalidade, o foco que o modelo terá ao chegar no mercado. Isto é importante porque norteia a forma como o público o verá. Ou seja, se será o modelo buscado pelo luxo, pelo desenho sedutor, desempenho especial ou mesmo baixo custo. A Peugeot é conhecida mundialmente pela esportividade de seus modelos, então aliar o requinte do 408 Griffe com o motor turbinado resultou num modelo com chances de vender muito bem.
O desenho do carro preserva as linhas equilibradas e estilosas sem receber adereços ou cores berrantes, e na verdade isso é uma vantagem. Na Argentina ele foi lançado como 408 Sport, mas a filial brasileira preferiu fugir do seguro mais caro que se costuma cobrar por versões que se declaram esportivas. Ficou mais ou menos a receita que a Fiat usou na versão T-Jet do Linea, em que a turbinada vende menos mas ganha ar de exclusividade, em vez de investir em extravagâncias de desempenho e visual que fugiriam da elegância sóbria que a clientela deste segmento costuma buscar.
A versão Griffe THP traz um conjunto mecânico excelente. O motor é o mesmo usado por 3008 e RCZ, um moderno 1.6 16v turbo de 165 cv que neste modelo de peso mediano garante 0 a 100 km/h em 8s3 e máxima de 213 km/h com câmbio automático sequencial de seis marchas. E isso combina muito bem com o farto pacote de itens que ele oferece: ar-condicionado digital bizona, direção eletroidráulica, seis airbags, sistema de som multimídia, GPS, bancos e volante revestidos em couro, alarme, freios com ABS e controles eletrônicos para estabilidade e frenagem. Tudo de série, e pelos mesmos R$ 81.490 da Griffe 2.0 16v, permitindo ao cliente escolher entre motor turbo ou flexível.
