As diferenças de preço entre os carros permitem criar cada vez mais categorias entre os carros no Brasil. É interessante de ver que modelos de várias partes do mundo chegam aqui nas mais distintas faixas de preço, e portanto possíveis de se encaixar em subsegmentos muito diferentes dos que ocupam na terra natal. Os carros aqui enlistados formam um suposto ato nível de sedãs à venda no país, e se pode dizer que estão acima dos que estão acima dos que chamamos de médios.
Audi A4: É um dos sucessos de venda da marca alemã. Seu desenho de vincos fortes e grande entrada de ar já denuncia que ele procura se diferenciar dando uma esportividade agressiva à típica sobriedade de linhas alemã. Fartura de itens é lei neste nível, então resta mencionar que ele se destaca pela opção do kit de acessórios Sport, cujo visual complementa a opção do moderno motor 2.0 FSI. Outro bom destaque é a oferta da estilosa versão station wagon, Avant.
BMW Série 3: Este já é o carro-chefe da marca da Bavária. Sua boa fama aqui surgiu nos anos 1990, quando fascinava pelo desempenho, tecnologia embarcada e estilo. Se hoje em dia isso já não lhe dá o destaque de antes, ainda são atrativos de sobra nesta categoria. Fora o detalhe que o status de “ter um BMW” é sempre tentador, em especial aos clientes oriundos de categorias mais baratas. Mas vale a pena esperar, pois a nova geração chega aqui em breve.
Chevrolet Omega: Se em 1992 ele chegou quebrando recordes, detendo primazias e ganhando a adoração geral do país, suas gerações seguintes nunca mais tiveram tanto êxito. Também colabora o fato de ele ter virado mera versão dos Holden australianos, mas basta analisar o modelo atual por si só para ver que é uma excelente opção. Sua cabine não deve em nada aos rivais quanto ao luxo, e o V6 de 292 cv faz jus ao design do sedã aprovado por Emerson Fittipaldi.
Chrysler 300: Ele é um dos raros casos de face-lift de qualidade. O projeto não mudou, mas retocar os traços na medida certa fez o carro parecer renovado sem que as partes novas destoassem das antigas. É com essa qualidade de projeto que a Chrysler se defende aqui, abusando do luxo e espaço da sua cabine projetada para atender o padrão americano de carro grande, mas com o moderno V6 Pentastar para conciliar ótimo desempenho com consumo comedido.
Honda Accord: Aqui o foco se faz na versão de topo. Mas é uma pena que o Accord seja um dos menos vendidos nesta categoria. Talvez pela geração já antiga ou pelos preços altos, mas deixando isso de lado se revela um legítimo sedã japonês, com linhas retas focando na sobriedade, mas com uma clara vocação secundária para o lado esportivo. Seu V6 gera 278 cv, e combina bem com o ar de requinte trazido pela cabine de cores escuras e fartura de itens.
Hyundai Azera: Representa o meio-caminho na ampla gama de sedãs Hyundai vendida aqui. Se sua geração anterior logo fez sucesso por aliar motor V6 a cabine luxuosa e preço imbatível, a atual veio completamente renovada e mudou de foco. Azera agora é significado de uma “escultura fluida” mais elegante que o Sonata, com cabine maior, e motor mais forte mas que não prioriza números de esportivo. Ele prefere oferecer conforto e requinte aos donos, mas sai bem caro.
Kia Cadenza: Trata-se da interpretação Kia para este segmento. Saem os exageros da Hyundai e entram em cena linhas elegante mas joviais, chamando atenção pelos vários detalhes em vez de carroceria esculpida demais. Temos poucas opções de cor, mas também motor V6, câmbio automático e cabine repleta de luxo. O principal mérito desse carro é ser um salto gigante em relação ao antecessor Opirus mas com mais que só repetir o estilo Kia. Ele tem personalidade própria.
Mercedes-Benz Classe C: Completa o trio de entrada dos alemães de luxo. A fama dos Mercedes não se faz pela esportividade ou tecnologia arrebatadoras, mas sim pela opulência de sua imagem. Pelo jeitão de limusine que sempre tiveram, e que a atual tendência de estilo reforça indiretamente, ao usar capô longo e de grade dianteira larga. A fase atual já não é última novidade, mas ele já caiu no gosto do brasileiro pelo preço muito interessante das versões de entrada.
Toyota Camry: Ele e o Accord são o degrau superior da eterna rivalidade entre Corolla e Civic. A geração atual se desdobrou em três leves variações de estilo para agradar melhor a cada mercado, e nós recebemos a mais conservadora – seus detalhes retos e cromados combinam melhor com seu porte e com o estilo de cliente desta faixa. Seu preço é elevado, mas existem motor V6 e pacote de itens completo. O problema é que existem rivais de mais renome pelo mesmo preço.
Volkswagen Passat: A geração nova dá bom gosto ao estilo VW atual. O motor segue downsizing e o pacote de itens é muito bom. Mas se ele é alemão, por que não entrou no trio ali acima? Por melhor carro que seja quando visto sozinho, basta colocar os rivais ao lado e ele desaparece. Uns têm estilo mais atraente, outros mais baratos, e a maioria ataca no seu calcanhar-de-aquiles: é difícil pagar até R$ 160 mil num carro cuja marca é a mesma de Gol e Kombi.
Volvo S60: Nesse mar de sedãs luxuosos e de bons motores, ver um Volvo já dá a típica ideia de que seu destaque é a segurança. O lado bom é que seus projetos mais recentes passaram a também caprichar no design. E que design! O S60 é mais sedutor e chamativo até que os favoritos Kia e Hyundai. Tem tudo para agradar à faixa dos 30-35 anos com seu estilo de sedã-cupê e boas opções de cor. Sua linha é coroada com os 304 cv da versão T6 turbo.